Vamos la a filosofar people xD.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Conteúdos da Matriz

Cap.I

Os tipos de conhecimento :

1º -Conhecimento prático
2º -Conhecimento por contacto ou conhecimento de objectos
3º -Conhecimento proposicional ou conhecimento de verdades

Tipos de conhecimentos exemplificados por frases:

1º- O João sabe andar de skate
2º- O João conhece o presidente da República
3º- O João sabe que o D.Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal


Condições necessárias para haver um conhecimento:

-A verdade é necessária para o conhecimento.
-A crença é necessária para o conhecimento ou o conhecimento implica a crença.
-A justificação é necessária para haver conhecimento.


Podes assim resumir as condições referidas anteriormente apresentando a definição do conhecimento:

O conhecimento é uma crança verdadeira justificada, isto é, sustentada por boas razões.

Segundo esta teoria, as condições necessarias e suficientes para que S conheça P são:

-Que P seja verdadeira
-Que S acredite em P
-Que S tenha uma justificação para acreditar em P

Cap.II

Empirismo e racionalismo:

Os racionalistas seriam aqueles que acreditam que é possível chegar ao conhecimento através da razão, desde que ela seja bem orientada através do método que permite distinguir o verdadeiro do falso. O grande exemplo é Descartes. Adicionalmente, os racionalistas acreditam que há no espírito algumas idéias inatas, isso é, noções verdadeiras que nascem junto com o homem. Já os empiristas acreditam que o homem nasce sem nenhum conhecimento - a famosa tabula rasa de locke - e o vai adquirindo conforme a experiência, porém o conhecimento empírico não é da ordem do verdadeiro e do falso, pois os sentidos não conhecem a verdade, mas da ordem do prático.

Explicar porque Hume é empirista o que consiste a análise que Hume faz do conceito de causa e compreender que essa análise leva ao cepticismo mas que esse mesmo e mistigado:

Lições nº 67 e 68

Início da perspectiva epistomológica de Kant

Conhecimento e a Racionalidade Científica e Tecnológica

1.Descrição e interpretação da actividade cognoscitiva
1.2-Análise comparativa de duas teorias explicativas do conhecimento

Kant:

O seu pensamento está condensado nas suas 3 obras fundamentais.

Obras FUNDAMENTAIS:
Crítica da Razão Pura
Crítica da Razão Prática
Crítica do Juízo

A sua obra responde aos problemas mais importantes da sua época, as quais resumiu da seguinte forma:

As questões fundamentais:

O que poço saber? - Problema do conhecimento verdadeiro
O que devo fazer? - Problema ético
O que me é permitido esperar ( se faço o que devo fazer)? - Problema da Religião

Questões da Filosofia do conhecimento
São as que poêm o problema da:

- Origem do conhecimento ( fontes )
- Possibilidade e natureza do conhecimento
- Valor do conhecimento

Kant reflecte sobre elas na crítica da Razão Pura

Lições nº 65 e 66

Nesta aula realizaram-se os seguintes aspectos:

- Apresentação da matriz;
- Análise dos blogs ;
- Causalidade de David Hume;

sábado, 23 de janeiro de 2010

Lições nº 63 e 64

Relações de ideias

Conhecimentos de Factos

A priori

A posteriori

( Inato )

( Adquirido )



QUESTÕES REALIZADAS NA AULA; ACT.3 PÁG.193

1; O que significa a ideia de causalidade, isto é, o que quer dizer a expressão "conexão necessária entre dois fenómenos"?
-A ideia de causalidade é uma projecção psicológica, uma crença subjeciva sem base racional ou empírica. Não há nenhuma impressão sensível da qual derive a ideia de causa.


2; Assinale a passagem do texto 3 que mostra que não há experiência da relação causal entendida como conexão necessária.
-"..como não temos ideia alguma que não derive de uma impressão, se afirmamos ter a ideia de ligação necessária (ou causal), deveremos encontrar alguma impressão que estja na origem desta ideia."


3;Segundo Hume, não podemos comprovar empiricamente a ideia de uma conexão necessária ou causal entre dois fenómenos? Porquê?
-Não, não podemos comprovar pois Hume negou que possamos fazer qualquer ideia de causalidade que não através do seguinte: Quando vemos que dois eventos sempre ocorrem conjuntamente, tendemos a criar uma expectativa de que quando o primeiro ocorre, o segundo seguirá.
A perspectiva de Hume parece ser que nós temos uma crença na causalidade semelhante a um instinto, que se baseia no desenvolvimento dos hábitos na nossa mente. Uma crença que não pode ser eliminada mas que também não pode ser provada verdadeira por nenhum argumento, dedutivo ou indutivo, tal como na questão da nossa crença na realidade do mundo exterior.

4;Aquilo que a experiência nos permite observar é que dois fenómenos aparecem conjuntamente, um a seguir ao outro, repetidas vezes. Como é que inferimos - já que não a constatamos - uma relação necessária ou causal entre esses dois fenómenos? Será um conhecimento?

Filosofia - David Hume




O empirismo é uma concepção que influencia certos pensadores dos séculos XVII e XVIII incutindo um sentido experimentalista.
Assim sendo esta corrente tem origem e deriva da experiência, rejeitando todos os elementos racionais a priori A razão não contém nenhum princípio ou ideia que não tenha como alicerce a experiência, ou seja não existem ideias inatas.
David Hume é o filósofo que consubstancia a concepção que mais influência terá no nosso pensamento.


Distinção entre impressões e ideias

Hume introduz uma distinção entre impressões e ideias, considerando as primeiras evidências fortes e vivas que provêm do conhecimento de uma realidade exterior.
Consequentemente as ideias são representações enfraquecidas e menos vivas das impressões do pensamento.
Deste modo conclui que as ideias resultam do trabalho do espírito humano sobre as impressões.


Relações de ideias e questões de facto

Além da distinção entre impressões e ideias, Hume distingue o conhecimento em dois tipos: conhecimento de relações entre ideias e conhecimento de factos.
As relações de ideias são de carácter intuitivo e correspondem ao trabalho da mente humana sobre si mesma. De certo modo têm a ver com a experiência, no entanto as ideias que formulamos já não são fundamentadas na experiência.
Por via da indução, chega aos primeiros princípios empiristas:
- - >Nada existe no nosso próprio espírito humano que não provenha da experiência.
- - > A partir das experiências podemos formular relações de ideias, no entanto a mente não recorre a estas.

O ser humano tem a ideia de Deus pois tem a impressão dessa ideia, conseguida através duma relação de ideias.

Relativamente às questões de facto, estas dizem respeito às nossas impressões actuais e às nossas recordações actuais de ideias passadas. A título de exemplo, quando eu vejo o sol, não vejo nada que me indicie que este está a nascer, no entanto como tenho a impressão destes dois fenómenos (sol e nascer) separadamente posso afirmar que o sol nasce a uma determinada hora.
Portanto, define-se relações de facto como as relações que o ser humano estabelece entre fenómenos que conhece separadamente, sendo esta relação a posteriori, pois é resultante da experiência.


O princípio da causalidade passa a ser entendido como a relação que o ser humano faz entre factos semelhantes ou sucessivos.



Principais críticas do empirismo ao racionalismo

-> Critica o cepticismo em geral uma vez que esta posição de negar qualquer tipo de existência de conhecimento, impossibilita as pessoas de emitir qualquer opinião ou impressão.
->Critica o facto da dúvida universal não ser possível, no entanto Descartes usa-a, partindo do pressuposto que com ela é possível atingir um conhecimento verdadeiro. Hume considera a dúvida o último caminho para atingir um conhecimento verdadeiro.
-> Num dado momento inverte a crítica, afirmando que para os empiristas toda a racionalidade provém dos sentidos. Uma vez que os sentidos são enganadores, não se deve confiar nestes e ainda não se deve perceber das coisas nada que não seja as próprias coisas.



O problema que D. Hume levantou e permanece até à actualidade como um problema real, é o da indução.

Equaciona-se nos seguintes termos: ao afirmar-se que a expectativa de ocorrências futuras similares aos casos singulares observados anteriormente decorre simplesmente de um hábito, e de crenças suscitadas pelo hábito, sem qualquer garantia racional ou lógica, levantam-se três dificuldades à investigação científica futura.
1. Levantou, em primeiro lugar, o problema da (i)legitimidade lógica da indução, ou seja, o problema da justificação lógica da passagem de enunciados particulares para enunciados gerais, o mesmo é dizer, o problema da ilegitimidade das leis científicas.
2. Levantou ainda o problema da validade dos juízos acerca do futuro e de casos desconhecidos, o mesmo é dizer, o problema da legitimidade das previsões científicas. As previsões pertencem aquilo que ainda não foi observado e não podem ser inferidas logicamente daquilo que já foi observado, porque o que acontecei não impõe restrições lógicas aquilo que acontecerá.
3. Levantou em terceiro lugar o problema da causalidade, ou seja, o problema da legitimidade da conexão causal entre acontecimentos. A ilusão da causalidade provém, segundo Hume, da confusão entre conjunção ou sequência de acontecimentos com a sua conexão causal. Na verdade p e q não é o mesmo que “p implica q”.

NB. O princípio da indução não se pode justificar apelando simplesmente à lógica. Assim sendo poderíamos supor que o indutivista derivaria a indução directamente da experiência, mas uma tal justificação é inaceitável porquanto incorre num circulo vicioso, uma vez que emprega o mesmo tipo de argumentação indutiva, cuja validade se supõe que necessita de justificação.


Exemplo:
O princípio da indução funcionou com êxito na ocasião X1
O princípio da indução funcionou com êxito na ocasião x2
Etc.

O princípio da indução funciona sempre

Infere-se desta forma uma conclusão universal que afirma a validade do princípio da indução a partir de uma certa quantidade de enunciados singulares que registam aplicações com êxito do princípio do passado. Portanto a argumentação é indutiva, e não se pode, pois, utilizar para justificar o princípio de indução. Não podemos utilizar a indução para justificar a indução. Esta dificuldade foi designada como “problema da indução”

Lições nº 61 e 62

(Resumo - Origem das ideias)


1.1.
Logicamente existe uma diferença considerável entre as percepções da mente.
Estas podem copiar as percepções dos sentidos, mas nunca atingem inteiramente a força e vivacidade do sentimento original. O máximo que delas afirmamos é que representam o seu objecto de uma maneira tão viva que poderíamos quase dizer que o sentimos, a não ser que a mente esteja desarranjada, elas nunca podem chegar a tal nível de vivacidade que tornem totalmente indistinguíveis as percepções.
É notável a distinção similar que predomina em todas as outras percepções da mente.
Numa reflexão acerca dos nossos sentimentos e estados de ânimos passados, percebemos que o nosso pensamento é um espelho fiel, repetindo cada objecto com verdade. Porém, as cores do mesmo são baças, comparadas com as que revestiam as nossas percepções originais

1.2.
Estas dividem-se em duas classes: As menos intensas e vivas, conhecidas por PENSAMENTOS ou IDEIAS.
As restantes denominam-se de IMPRESSÕES, palavra empregada num sentido curiosamente diverso do habitual.
As impressões em si são mais intensas que as ideias, das quais somos conscientes ao reflectirmos

1.3.
Nada parece tão livre quanto o pensamento do Homem. Enquanto o corpo confina-se a um planeta, o pensamento transporta-nos para qualquer lugar, dentro ou fora do universo.
O que nunca foi visto ou ouvido pode ser concebido no pensamento, e nada existe além do seu poder. Embora ele pareça possuir uma liberdade infinita, vê-se que se encontra realmente confinado a frágeis limites.
Em suma, todos os materiais do pensamento derivam da sensibilidade: a mistura e composição deste pertencem apenas à mente e à vontade. Cada ideia nossa, cada percepção fraca, não passa de uma cópia das nossas impressões mais intensas.

1.4.
Os argumentos que se seguem provam isto. Primeiro, ao analisar os nossos pensamentos, descobrimos que se resolvem em ideias tão simples como cópias de uma sensação ou sentimento precedente, até mesmo as ideias que parecem afastadas dessa origem, à primeira vista, descobre-se que são delas derivadas. Como a ideia de Deus, significando um ser infinitamente sábio e bom; é tudo fruto da reflexão da nossa mente, que eleva essas qualidades de sabedoria e bondade.
Aqueles que afirmam que esta posição não é universalmente verdadeira e sem excepções, possuem apenas um fácil método para a refutar, apresentando essa ideia que julgam não derivar da mesma fonte


1.5.
Segundo argumento: se um homem não for susceptível de nenhuma sensação, veremos que ele é também pouco susceptível das ideias correspondentes às sensações.
Embora não existam muitos exemplos de uma semelhante deficiência mental, sabemos que a mesma observação ocorre num grau menos. Admite-se que outros seres possuam muitos sentidos dos quais nem desconfiamos, pois nunca nos foram introduzidas as suas ideias, nem com a sensibilidade, nem com a sensação efectiva.

1.6.
Porém, existe um fenómeno contraditório que prova que não é impossível é surgirem ideias independentes das impressões correspondentes. Pode-se acreditar que as distintas ideias de cor são de facto diferentes umas das outras mas com semelhanças em simultâneo.
Se isto se aplica às cores, também está correcto acerca das diferentes matizes da mesma cor, e cada uma produz uma ideia distinta, independentemente do resto. Pois se isto for negável, é impossível deslocar uma cor para a que está mais remota dela; e se não se permitir ser diferente, também não se pode recusar aos extremos serem os mesmos.


1.7.
Todas as ideias, em especial as abstractas, são naturalmente vagas e obscuras; a mente tem delas apenas um escasso domínio. E são propensas a confundir-se com outras ideias semelhantes: e quando utilizámos muitas vezes algum termo, embora sem um significado distinto, temos a inclinação para imaginar que possui uma ideia determinada a ele anexa. Pelo contrário, todas as impressões, isto é, todas as sensações, quer externas ou internas, são fortes e vivas; os limites entre elas estão mais exactamente determinados, e nem é fácil cair em erro ou engano em relação a elas. Mediante esta tão clara elucidação das ideias, podemos justamente esperar remover toda a disputa que possa surgir acerca da sua natureza e realidade.

~~> Yolanda e Érica < ~~

Lições nº 59 e 60

(Capito 2 - Teorias explicativas do conhecimento)

O empirismo de David Hume

O empirismo consiste em aceitar a experiência como única e exclusiva fonte do conhecimento.
Impressões e ideias são o conteúdo do conhecimento.

Impressoes: São imagens e sentimentos que derivam imediatamente da realidade: São precepções vivas e fortes.
Ideias: São cópias ou imagens débeis das impressões.

Há segundo Hume duas espécies de percepções:

- - > Impressões
- - > Ideias

Os tipos de conhecimento
Hume refere a existência de dois tipos de conhecimento


- - > Conhecimento de ideias ( relações de ideias )
- - > Conhecimento de questões de facto


Conhecimento de ideias ( relações entre ideias )
O triângulo tem três ângulos.
Um objecto azul é um objecto com cor.
25 é um terço de 75

Conhecimento de questões de facto
Amanhã vai chover.
A neve resulta da descida acentuada da temperatura.
O calor dilata os corpos.


Os conhecimento designados por "relações entre ideias" consideram-se a priori:

-Consistem na análise do significado dos elementos de uma proposição tendo em vista estabelecer relações entre ideias que ela contém.
- As "relações entre ideias" são proposições cuja verdade pode ser conhecida pela simples inspecção lógica do seu conteúdo.



Nota explicativa:


Muito embora todas as ideias tenham o seu fundamento nas impressões, podemos conhecer sem necessidade de recorrer ás impressões, isto é, ao confronto com a experiência. O exemplo são as proposições lógico-matemáticas, não resolvem por si o conhecimento do que existe no mundo.
Podemos apenas formar relações correctas entre ideias.


Contra ponto: ( Factos)


- O conhecimento das questões de facto implica o confronto das proposições com a experiência.
- O valor de verdade das proposições tem de ser testado pela experiência, ou seja, temos de confrontar as proposições com a experiência por forma a verificar se elas são verdadeiras ou falsas.


Nota explicativa:


- A verdade ou falsidade de uma proposição factual só pode ser testada e determinada a posteriori.
- A verdade factual é contingente e a sua negação não implica contradição.

Relações de ideias:

->São conhecimentos a priori;

-> As relações de ideias são verdades necessárias;

-> As proposições que exprimem e combinam relações entre ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo.

Conhecimentos de Facto

-> São conhecimentos a posteriori;

-> A verdade das proposições de facto é contingente;

-> As proposições que se referem a factos visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos conhecimentos sobre o que nele existe e acontece.


Actividade de consolidação:

1.O que são relações entre ideias?
Relações entre ideias são conhecimentos a priori, são verdades necessárias.Consistem na análise do significado dos elementos de uma proposição tendo em vista estabelecer relações entre ideias que ela contém.
As proposições que exprimem e combinam relações de ideias não nos dão qualquer conhecimento sobre o que se passa no mundo.


2.O que são conhecimentos de facto?
Conhecimentos de facto são conhecimentos a posteriori, a verdade das proposições de facto e contingente. O conhecimento das questões de facto implica o confronto das proposições com a experiência.
As proposições que se referem a factos visam descobrir coisas sobre o mundo e dar-nos conhecimentos sobre o que neste existe e acontece.

3.O que distingue essencialmente relações de ideias e conhecimentos de facto?
Relações entre ideias é um conhecimento a priori, que nós aprendemos e conhecimento de facto é a posteriori ou seja aprendemos através da experiência.