Vamos la a filosofar people xD.
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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O que se entende por CULTURA

Há cerca de 30 anos, Herskovits e Kluckhohn recensearam 160 definições diferentes do termo cultura.A palavra cultura designa, etimologicamente, no latim, o acto de cultivar, a actividade humana com vista à transformação e aproveitamento da natureza. É neste sentido que se diz de uma terra que está cultivada. Assim surgiram palavras como agricultura, silvicultura, apicultura ...Cícero utilizou pela primeira vez o termo no sentido espiritual, no sentido em que também o espírito se cultiva para dar frutos.Podemos designar a cultura como o conjunto das realizações humanas, independentemente de se tratar:
do cultivo de um campo (agricultura),
da educação de uma criança (puericultura)
ou de uma actividade puramente espiritual (cultura em sentido estrito).



Cultura opõe-se à natureza
Natureza é tudo quanto existe independentemente da acção humana (dado).
Cultura, tudo quanto se deve à acção humana (produzido) e o processo e meios dessa produção. Assim, constituem a cultura:
objectos (monumentos, casas, instrumentos de trabalho, vestuário ... ),práticas (o conjunto das actividades humanas) erepresentações (ideias, sentimentos, desejos, aspirações, crenças).
Tudo quanto o homem faz está carregado de significações, isto é, tudo quanto rodeia o homem, tudo quanto ele faz, assume um significado, variável com o espaço e o tempo. No interior da cultura, o que o homem faz e o que pensa enquanto age são inseparáveis.

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A diversidade e o diálogo de culturas
No ano de 2003, em França, país onde vivem cerca de cinco milhões de muçulmanos, na sua maioria imigrantes ou descendentes de imigrantes de antigas colónias francesas, jovens muçulmanas, por meio de petições e de protestos de rua, reivindicaram o direito a usar na escola o véu islâmico que, como bem sabemos, cobre quase totalmente o rosto. O Estado francês, que é laico e aconfessional (isto é, separado do poder e das confissões religiosas), rejeitou a pretensão, sob alegação de que admitir tal comportamento seria admitir a introdução de símbolos religiosos em escolas públicas e assim transgredir princípios consagrados constitucionalmente. Embora a polémica continuasse durante algum tempo, com movimentos de opinião a favor e movimentos contra, o que é perfeitamente natural num estado democrático, a decisão foi mantida e, tanto quanto sabemos, acatada.

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